Atividade 1-
Meu nome é Lidiane Dias Tubino, tenho trinta anos. Sou casada e tenho um filho chamado Nicolas, de quatro anos.Digo seguramente que é a parte mais importante da minha vida! Moro em Alvorada, no bairro Porto Verde, desde que me casei há aproximadamente seis anos e meio. A escola que leciono fica bem próxima da minha casa, nesse mesmo bairro. Sou funcionária municipal deste mesmo município a quase oito anos.Quando iniciei minha carreira como professora municipal, vivi uma experiência bem interessante para uma principiante.Por ironia do destino ou não, fui designada para trabalhar na escola Normélio Pereira de Barcellos, situada na vila Umbu, uma vilas com maior índice de criminalidade do município de Alvorada.Confesso que à princípio isso me deixou com os nervos à flor da pele. Mas valeu à pena , foi uma experiência e tanto!
Hoje trabalho na escola Herbert Jose de Souza no bairro Porto Verde, considerado um bairro nobre de Alvorada, e me surpreendo com a comunidade. Pois bem diferente da primeira escola,nessa as pessoas têm um nível de cultura um pouco mais elevado, mas não aceitam regras, e agridem aos professores como se fossem seus empregados particulares, o que causa bastante descontentamento por parte dos colegas. E por esse motivo também,ao final de todos os anos letivos, muitos professores pedem remanejo para outra escola. Mas a escola tem muita coisa boa que também deve ser levado em conta. Principalmente no que diz respeito à maioria dos colegas. Tenho uma 3ª série na parte da tarde e pela manhã sou a bibliotecária da escola. Ter uma turma dessa série foi uma experiência nova e boa, pois sempre trabalhei com turmas de pré-escola, pelo qual sou fascinada.
Tornei-me professora, primeiramente, porque tenho uma irmã quatro anos mais velha que eu, e que inclusive hoje, é minha colega de trabalho e de Universidade, que tinha feito o curso de magistério como sua opção, e fui influenciada pela situação.Também contou muito a influência da família que julgava essa, a melhor profissão para mulheres em diversos ângulos.Diziam, minha mãe e meu pai, que essa era a profissão do futuro, pois um dia ia ser muito valorizada e muito bem paga.E eu estou esperando por isso até hoje! Mas também com certeza teve o fato de que eu gostava de criança e acho até que levava jeito pra coisa.
Hoje sou professora mesmo, e gosto muito do que eu faço, apesar de ainda ser pouco valorizada e muito desrespeitada! Passados um pouco mais de doze anos que me formei, escuto desde o meu curso, frases do tipo: "Ser professor é uma barbada, trabalha meio turno e tem três meses de férias!" E se eu tivesse acreditado nisso teria me dado muito mal, pois hoje trabalho quarenta horas na escola e mais vinte horas em casa em função dos meus alunos, fora marido, filho e casa. Não me considero a melhor naquilo que faço, mas certamente dou o melhor de mim pra os meus alunos.
Tenho ousadia para trabalhar quarenta horas semanais, ter um filho de quatro anos, um marido pra dar atenção e uma casa pra cuidar, e aos trinta anos ainda cursar Universidade. E não qualquer Universidade, a UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. E mais, num curso de graduação à distância, em que a maioria das pessoas ainda não acredita que é tão completo quanto os cursos presenciais. Tenho medo da morte e de perder as pessoas que eu amo! Quero dialogar sobre como mostrar as nossas comunidades escolares, o verdadeiro papel da escola, o papel da família, e no que consiste o nosso trabalho com seus filhos. Quero ter uma visão de como atrair as famílias pra perto de nós educadores de forma positiva, sobre as possibilidades para trabalhar de forma mais lúdica com os alunos. Quero dialogar sobre como trabalhar de forma produtiva com as crianças a pesquisa em sala de aula.