dezembro 03, 2007

Semana da Consciência Negra

No dia vinte de novembro, depois de uma semana toda de trabalho sobre a consciência negra, fiz umas atividades com meus alunos que gostaria de compartilhar com vocês. O fato é que, mesmo achando que este assunto tem suas controvérsias, o tema é de extrema importância para a evolução do nosso país. Também gostaria de relatar essas atividades por considerar que através desse trabalho consegui integrar todas as interdisciplinas do Pead deste semestre.

Primeiramente fiz uma contação com a utilização de lâminas e retro projetor, avental mágico e personagens confeccionados de EVA. O título da obra era "O amigo do rei" da autora Ruth Rocha, com ilustrações de Eva Furnari, inspiradas em gravuras de Rugendas e Debret. Matias, o menino negro e escravo, é o personagem principal. A história projeta uma visão messiânica, a crença, alimentada pelo protagonista, de que sua condição de escravo seria superada no momento em que reencontrasse seu povo: “um dia eu vou ser rei”, afirmava Matias com otimismo. Ioiô era o amigo desse rei, filho dos senhores donos do engenho e dos escravos. Apesar da diferença de classe social, Matias e Ioiô eram amigos. Certo dia, depois de uma surra que ambos levaram do pai de Ioiô, como represália a uma “arte” cometida pelos dois, Ioiô, que não estava acostumado com os castigos, propõe uma fuga. Assim é que, guiado pelo protagonista, os dois chegam ao reino dos negros, onde o herói Matias é reverenciado com honras de rei. Enfim, chegara o seu dia.
Após contar a história aos olhos atentos dos alunos, conversamos um pouco sobre a cultura Afro e as contribuições culturais trazidas pelos negros ao Brasil.Confeccionamos então um instrumento musical chamado Ganzá de origem Africana, com a utilização de dois copos plásticos e grãos, parecido com um chocalho.Então brincamos de Escravos de Jó, brincadeira também da cultura Afro. Durante a brincadeira marcamos o ritmo da música primeiro através de palmas e a seguir com a utilização do ganzá.

A aula foi muito rica, e percebo que a cada atividade diferenciada que faço com turma em sala de aula, num primeiro momento deixa-os confusos, pois relatam antes de ficar à vontade com a mesma, que aquilo não parece aula. Para as crianças tudo o que envolve música ou brincadeira, não é aula. Quando começam a ficar mais entrosados com as atividades é posível perceber através da expressão dos seus rostinhos, a satisfação em estar participando de tal atividade.

Nessa atividade consegui unir a literatura, através da contação de história, artes com a confecção do ganzá, ludicidade com a brincadeira Escravos de Jó , e música marcando o ritmo da brincadeira. Gostei muito de realizar essa atividade principalmente por conseguir utilizar quase todas as interdisciplinas deste semestre.


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