outubro 25, 2010

Inclusão ou exclusão?



Fala-se muito em inclusão educacional, mas se sabe pouco sobre como realmente praticar essa inclusão. Na prática as crianças ou adolescentes portadoras de necessidades educacionais especiais são matriculadas em classes regulares, e em geral ao invés de serem incluídas, acabam sendo excluídas.
Isso se dá por muitos fatores.Penso que dentre esses, os mais comuns são a falta de preparo dos docentes em atuar efetivamente para o processo de inclusão do aluno, a falta de auxílio e suporte pedagógico para uma prática diferenciada e ainda o número excessivo de alunos em sala de aula, dificultando um atendimento mais individualizado.
Se olharmos ao nosso redor, o portador de necessidade especial, apesar da evolução do sistema, das conquistas alcançadas, ainda encontra dificuldades em situações básicas do cotidiano, como locomover-se com segurança, utilizar transporte, utilizar espaços públicos de serviços e de lazer.
Segundo o texto: História, deficiência e educação especial, escrito pela Drª e professora Arlete Aparecida Bertoldo Miranda, Lido no eixo IV do curso PEAD, da UFRGS, alguns estudiosos dessa área como KICK e GALLAGER, 1979; MENDES, 1995; SASSAKI, 1997; identificam quatro estágios no desenvolvimento do atendimento às pessoas que apresentam deficiências.
A primeira fase, na era Pré-Cristã, é marcada pela negligência, em que havia ausência total de atendimento. Na fase seguinte, por volta dos séculos XVII e XIX, encontra-se a fase da institucionalização, onde os indivíduos que apresentam deficiência eram segregados e protegidos em instituições residenciais. E já o terceiro estágio é marcado pelo desenvolvimento de escolas e/ou classes especiais em escolas públicas, visando oferecer a essas pessoas uma educação à parte ( final do século XIX e meados do século XX). E o quarto estágio então, no final do século XX, observa-se um movimento de integração social dos indivíduos que apresentam deficiência, cujo objetivo era integrá-los em ambientes escolares o mais próximo possível daqueles oferecidos à pessoa normal.
A Drª e professora Arlete ainda ressalta que a fase de integração fundamenta-se no fato de a criança deve ser educada até o limite da sua capacidade.
A realidade é que professores com alunos portadores de necessidades educacionais especiais, precisam ter muita paciência, força de vontade e disponibilidade, pois é como estarmos numa ilha deserta.
Durante esse ano letivo, no período de estágio, precisei buscar auxílio em sites da Internet para poder intervir em alguns casos especiais na minha sala de aula. E um deles foi postado um relato aqui no meu Blog, no link http://blog-da-lidi.blogspot.com/2010/04/aluno-portador-de-necessidades.html
é de extrema importância para o aluno, que o professor busque alternativas para atendê-lo, pois desmotivado e excluído terá baixa na sua auto estima, e não terá avanços no seu processo de ensino e aprendizagem.

outubro 19, 2010

PEAD- lugar de descobrtas

Durante a trajetória no PEAD, tive um companheiro especial. que me acompanhou em algumas das atividades, servindo inclusive de "cobaia" em alguns momentos. Essa pessoa então, é meu filho Nícolas, hoje com oito anos de idade.
Nícolas assitiu à aulas presenciais de matemática, psicologia, seminário integrador, apresentação de portfólios, literatura infantil e também acompanhou a realização de alguns trabalhos em grupo.
Algumas práticas de pesquisa foram aplicadas com ele, como Testes Piagetianos, classificação e seriação, espaço e forma, alfabetização e até mesmo em questões da literatura infantil.
Uma aula presencial que Nícolas participou ativamente, foi da interdisciplina de Representação do mundo pela Matemática, no eixo IV, no ano de 2008.
Nessa aula trabalhamos com geoplanos, com o objetivo de aplicarmos e descobrirmos situações que envolvem espaço e forma.
Meu filho em especial fez muitas descobertas, como por exemplo, que com o geoplano não é possível construir figuras circulares, uma vez que , só podemos utilizar linhas retas. Algumas fotos foram postadas no blog, desse momento da aula.
Portanto, Nícolas é quase um PEADIANO pelas inúmeras descobertas suas ao longo do curso.
Na minha sala de aula, trabalhei muito comos alunos o espaço e forma, com a utilização do Tangran, pois além dessa interdisciplina do PEAD, realizei estudos de matemática no Pró-Letramento, oferecido pelo MEC, de 120h.



outubro 12, 2010

Inspiração do estágio

Nessa minha trajetória do curso PEAD, muitas etapas foram importantes para a minha prática profissional, tornando-se alicerces para o exercício docente. Ainda me referindo ao eixo III do curso, esse talvez tenha sido um dos mais motivadores pra mim.Foi neste eixo, em 2007 que tivemos as iunterdisciplinas de Ludicidade e Educação, Literatura infanto-juvenil e aprendizagem,artes visuais, música e teatro. Eu me identifico em especial com essas interdisciplinas utilizando muito, atividades desse tipo na minha prática docente.Em primeiro lugar por que sou bibliotecária da escola e realizo a contação de história com as turmas das séries iniciais do ensino fundamental. Também acredito muito que as histórias são excelentes recursos pra introdução de conteúdos, resolução de conflitos na sala de aula e até mesmo pelo prazer proporcionado àqueles que ouvem histórias, aguçando a imaginação.E não tem como falar em histórias sem mencionar Fanny Abramovich, que nos traz com muita propriedade e de forma bem direta as contribuições da literatura para o desenvolvimento das nossas crianças.
E ainda aqui nessa etapa do curso foi onde tirei a inspiração para a construção do meu projeto de estágio bem como a construção do meu TCC. Na interdisciplina de ludicidade na educação, as leituras e entrevistas da professora Tânia Fortuna me levaram a repensar nossas práticas tradicionais da educação, que não entram em acordo com os interesses de cada faixa etária. A professora Tânia Fortuna nos transmite segurança na inovação das práticas da educação de forma clara que retrata a importância de se respeitar cada faixa etária das crianças e nos mostra o quanto o lúdico pode ser um ótimo aliado para o processo ensino-aprendizagem.
"Parece que o homem da ciência e da técnica perdeu a felicidade e a alegria de viver, perdeu a capacidade de brincar, perdeu a fertilidade da fantasia, da imaginação guiada pelo impulso lúdico. O brinquedo acabou sendo reduzido a um fenômeno marginal na paisagem da existência adulta, porque é modelada e determinada por fenômenos mais sérios. Tudo o que ele faz precisa ter resultado. O que interessa é o objetivo estranho do mesmo.”

(SANTIN, 2001,p.23)