maio 30, 2010

Ainda sobre os Conselhos de Classe

Segundo ROCHA (1987) , o conselho de classe tem sua origem na França, por volta de 1945, seguindo pela necessidade de um trabalho interdisciplinar com classes experimentais.Tornou-se então oficial no Rio de Janeiro em 1972.Hoje é praticado regularmente em quase todas as escolas. Acredita-se que quanto maior a participação de todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem, mais siginificativo será na política educacional.
Para MELCHIOR (1994), é muito importante para o aluno participar, pricipalmente conhecer os resultados do seu empenho e esforço, pelo significado que tem o conhecimento de suas capacidades para futuras aprendizagens.As atividades avaliativas contribuem para o desenvolvimento intelectual, social e moral dos alunos.
GONZALEZ (1987),destaca a importância do conselho de classe no atendimento às individualidades, mediante a participação da família, integrando e acompanhando o educando no processo ensino-aprendizagem.
Essa última idéia do atendimento às individualidades é a real importância que vejo no conselho de classe. É através desse momento que a família sabe as dificuldades e os avanços observados para seu filho e o professor conhece um pouco mais da história de vida de cada aluno. Ainda assim podemos também observar avaliações feitas por essa famílias de todo o andamneto da escola, bem como do trabalho do professor.
PIAGET,em 1954, afirma que a afetividade não modifica a estrutura no funcionamento da inteligência, porém é a energia que impulsiona a ação de aprender.
"A ação, seja ela qual for, necessita de instrumentos fornecidos pela inteligência para alcançar um objetivo, uma meta, mas é necessário desejo, ou seja, algo que mobiliza o sujeito em direção a este objetivo e isso corresponde à afetividade ."( DELL'AGLI e BRENELLI, 2006,p.32)
No dia do conselho da turma 45, ainda tive a oportunidade de conhecer algumas famílias que ainda não conhecia.E conversei com a mãe do meu aluno que tem transtorno opositor desafiante, necessidade essa que já vem sendo acompanhada por mim e a orientadora da escola desde o início do ano.Com essa nova conversa foi possível discutirmos sobre avanços e dificuldades e outras formas de intervenção na aprendizagem desse aluno.Também estamos batalhando para uma avaliação trimestral diferenciada.Pois uma das coisas que percebo, é que oralmente o aluno demonstra acompanhar os conteúdos e os seus colegas, mas não consegue registrá-los.Com isso estou pleiteando que possamos realizar com ele atividades mais orais, mas ainda não obtive resposta.

Referências:
http://www.partes.com.br/educacao/conselhosdeclasse.asp
http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:tMKA2z9jTt0J:www.arteterapiadf.com.br/textos/monografia_completa.pdf+como+as+questoes+emocionais+influenciam+nas+crian%C3%A7as+o+processo+ensino-aprendizagem&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESjMLwdnMasXbAfYHZ4po_TIlEQLpy2baqC_Jtt1Y_6e-SJ3thbaNTkDtWFIjk4hM-E1OzjrY-sZ3_uU3W-GNfhs8bRmBrX6_mAZoO0jOzbaqr3W3vVqQU20qkMd85ItCL4srdrf&sig=AHIEtbTpp53b2Dc1Z_upt6H5Bo4CGGD2hg

maio 23, 2010

Do planejamento

De acordo com a leitura do texto: o que é planejar?(RODRIGUES, 2001), lido por mim, " o planejamento é processo constante através do qual a preparação, a realização e o acompanhamento se fundem, são indispensáveis.Ao revisarmos uma ação realizada, estamos preparando uma nova ação num processo contínuo e ininterrupto."
Com esse pensamento inicio minha reflexão dessa semana, a fim de relatar o quanto é importante o planejamento das atividades, não esquecendo que esse deve ser flexivo. Pois nessa semana tivemos tantos percalços que não pude seguir meu planejamento como esperado.
Estamos em final,de trimestre, e tenho prazo para fechamento de notas e entrega das mesmas na secretaria.E como se não bastasse isso não podemos esquecer que além da vida profissional temos problemas particulares que temos que dar conta.E por esse motivo acabei esquecendo de solicitar aos alunos que trouxessem os jogos de tabuleiro pra dar continuidade ao nosso projeto.E quando tivemos acesso ao ambiente informatizado, demos o azar de não estar funcionando a internet justo nesse dia.
Gostaria de colocar como muito positivo nessa semana, o conselho de classe participativo desse trimestre.Testamos na escola uma nova forma de realizar o conselho.Tínhamos sempre como dinâmica avaliar o andamento da escola em geral.E a partir desse ano então nosso conselho se dá em conversas com os pais especificamente sobre o rendimento dos seus filhos.Todos os pais são convidados juntamente com seus filhos, e as conversas acontecem individualmente, dando assim a oportunidade de os pais acompanharem mais de perto a vida escolar de seus filhos.
Muitos pesquisadores falam sobre a importância da participação da família na vida escolar das crianças.Dentre eles, em pesquisas realizadas por Marturano (1999 e 2006) com mães de crianças encaminhadas para uma clínica-escola, o progresso na aprendizagem escolar apareceu associado à supervisão e organização das rotinas do lar (como horários para tarefas e atividades diárias), a oportunidade de interação com os pais e à oferta de recursos do ambiente físico (como livros e brinquedos).Hübner (1999) também sugere que um dos determinantes no sucesso ou fracasso escolar de crianças é a participação dos pais sobre o comportamento de estudar destas.
Ao apresentar aos pais um dossiê feito por mim, de cada um dos alunos, com avanços e dificuldades deles fiquei bastante surpresa com a reação e relatos de alguns deles.O que mais me chamou atenção foi o relato de uma mãe que lamentava a mudança de horário no seu serviço, por não poder mais acompanhar tanto os filhos na escola e nas tarefas diárias.Aliás, relatava ela, que o que lamentava mesmo era não poder realizar para eles, como antes, as tarefas que tinham dificuldades.Fiquei perplexa e entendi por que ele,em anos anteriores, tinha notas muito boas, sempre bastante acima da média, pois os trabalhos que deveriam ser feitos em casa, para entregar, quem fazia era sua estimada mamãe.
Percebe-se aqui a importância do olhar mais atento aos alunos, conhecê-los de fato para não cometer equívocos.

maio 17, 2010

Jogos teatrais na escola

Durante o meu estágio do Pead, realizado por mim nesse momento, tenho colocado em meu planejamento atividades bem diversificadas.Dentre elas coloco a música, teatro, produções textuais diversas,construção de painéis de autoria dos alunos, assistimos filmes, trabalhamos com blog entre outras.
Essa semana tive a plena certeza de que nem tudo que dá certo com um a determinada turma se dá da mesma forma com outra, pois interesses são diferentes e talvez a realidade também não seja mesma.Digo isso por que no ano de 2007 quando trabalhavámos com a interdisciplina teatro e educação, realizei com meus alunos, por solicitação do professor dessa disciplina, uma atividade de jogo teatral, que consistia em os os alunos divididos em grupos, prepararem-se como numa pose para foto e o restante da turma deveria adivinhar a que se referia aquela foto. Aqui no meu blog tenho uma postagem sobre essa atividade, no qual leva o título:fui surpreendida pelos meus alunos. E com essa turma realmente deu muito certo, gostaram da proposta e realizaram-na da forma sugerida. Mas realizei com a minha turma de estágio a mesma atividade, do qual os grupos tiravam de um saco amarelo, uma palavra referente a uma brincadeira infantil. Não conseguiram guardar segredo sobre a palavra tirada para que os outros adivinhassem depois a qual brincadeira se referia. E além disso, não entenderam que a cena era sem movimento, tiveram dificuldade em manterem-se parados para uma foto.O interessante é que essa turma tem a mesma faixa etária da anterior.
E por esse motivo fica comprovado que cada professor deve ter seu planejamento específico, mesmo que trabalhe com uma turma de mesma faixa etária de uma outra colega, pois o que serve para uma turma não serve para outra.

maio 10, 2010

maio 08, 2010

Inclusão digital na sala de aula

Depois de quase um mês, pudemos trabalhar no ambiente informatizado juntos.Criamos um blog para a turma http://turma45betinho.blogspot.com/
e blogs em duplas para que possamos registrar etapas importantes do processo de aprendizagem ao longo do ano letivo.Apesar de alguns transtornos a atividade para os alunos além de diferente, me pareceu motivadora.Essas atividades relacionadas com a tecnologia, costumam causar um pouco de agitação por parte dos alunos, pois todos solicitam auxílio ao mesmo tempo.Por vezes eu e o monitor, não damos conta de atendê-los, temos que parar um pouco e fazê-los voltar à calma.O interessante é o que aqueles que dominam a tecnologia auxliam outros colegas, o que facilita.


Ao longo do curso PEAD, contamos com a intersciplina de Seminário Integrador, que tinha por objetivo, penso eu, formar professores inovadores que levassem para a educação a Inclusão digital.Essa interdisciplina então mostrou que é posspivel sim levar para a sala de aula a tecnologia relacionando-a com a prática docente.E assim criamos nossos blogs enquanto alunos, e como forma de testar essa inovação na educação, tive a iniciativa de criar blogs com meus alunos.Neles faremos, assim como no PEAD, o registro das etapas importantes de aprendizagens dos alunos.Esses têm acesso ao blog da turma , do qual poderão fazer seus registros até mesmo em outros locais informatizados que não só o ambiente informatizado da escola.Esse trabalho será acompanhado por mime por quem se sentir motivado para tal . Não colocaremos fotos nesses blogs em função de abusos na internet envolvendo crianças.(fotos no meu wiki de estágio na página galeria de fotos).
Realizamos ainda atividades com jogos Boole.


Os jogos Boole foram criados por George Boole como forma de abordar a lógica a uma álgebra simples.Boole então, teve por objetivo maior a busca de diferentes hipóteses para a resolução de problemas.


Segundo Piaget, a criança necessita partir do concreto para aprender a abstrair o pensamento.Dessa forma enquanto uma professora de uma prática inovadora, penso que esse tipo de atividade, lúdica auxilia os aluunos no desnvolvimento do racicocínio lógico, bem como motiva-os para as atividades em sala de aula.
Como os alunos ainda não estão habituados a esse tipo de atividade, começaremos pelo nível mais fácil e aumentaremoso nível de dificuldade ao longo do ano letivo. E como o registro das atividades realizadas se fazem importantes, os alunos após jogar, faziam o regsitro em seus cadernos.(fotos na página galeria de fotos do meu wiki de estágio)

Complemento da reflexão da semana da educação

É de fato bem preocupante a questão da violência na escola!E é por esse motivo que eu enquanto estagiária de um curso inovador da UFRGS, levo aos meus alunos o resgate das brincadeiras infantis.Ao longo do curso foi possível perceber o quanto devemos levar para sala de aula atividades mais motivadoras, pois a tecnologia oferece às crianças muitas informações a qualquer hora do dia e da noite, bem como maiores atrativos, como jogos e mídia em geral.O caso é que aprendemos fortemente instigar nossos alunos, oferecer outras formas de aprednizagem, mas ainda esbarramos na burocracia do sistema e na falta de recursos para oferecer educação de qualidade.

Na interdisciplina de psicologia estudamos e lemos alguns pensadores e pesquisadores da educação que afirmam, mostram o quanto é importante a participação da família na vida escolar das crianças.Mas as famílias de hoje em dia parecem estar preocupadas apenas em reafirmar algumas atitudes equivocadas dos seus filhos, passando a mão por cima de suas atitudes e envolvendo a escola na educação e desenvolvimento dos valores nos alunos, se eximindo do se real papel.

Eu enquanto estagiária penso que o resgate da infância leva as crianças a relacionarem-se melhor. Essas atividades que estamos realizando com esse foco, tem me surpreendido bastante,principalmente com relatos das crianças sobre a infância de seus familiares.Ficaram surpresos com a entrevistas realizadas com eles onde puderam perceber que estes também haviam sido crianças um dia.A sugestão então da turma é que possamos brincar com essas atividades e jogos pesquisados, o que faremos nas próximas semanas.

maio 02, 2010

Semana da Educação em Alvorada



Nos dias 29/04 e 30/04 partcipei de quatro palestras de formação oferecidas pela SMED. Sabemos da importância dessas formações para nós professores e nos sentimos privilegiados em ter acesso a isso aqui em Alvorada.
Dentre as palestras que participei gostaria de relatar um pouco de duas delas que, na minha opinião foram ministradas de forma clara por parte dosa palestrantes e com muito domínio sobre o assunto.
Avaliação: Patrícia Eltz
Na concepção da palestrante de acordo com suas pesquisas e experiências profissionais, a avaliação serve:
Para o professor, como um instrumento utilizado para rever procedimentos aplicados e replanejar o trabalho quando necessário;
Para o aluno, permite a percepção das dificuldades e avanços.
É vista como um instrumento para auxiliar na aprendizagem do aluno;
Permite promover ensino de qualidade;
É ela que indica tropeços e qualidades , onde é preciso investir ais e onde pode caminhar com segurança;
Mostra quais conteúdos estão com mais dificuldades, quais precisam ser revistos;
Identifica áreas a serem priorizadas na capacitação dos professores em serviço;
Sem a avalição não saberíamos se nossos objetivos estão sendo atingidos.
A avaliação pode ter três funções básicas: a função somativa, diagnóstica e formativa.Essas três funções são interdependentes e complementares.
A avaliação então é o ponto de partida e chegada de todo o trabalho pedagógico.
E contudo, não podemos esquecer que toda e qualquer avaliação requer observação do aluno e anotações sobre ela.
O assunto é extenso e complexo e dentre as anotações que fiz e o que me chamou atenção em concordância esses foram os pontos principais da palestra.
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Violência na escola e da escola - Scheila Mara Fogaça
Os jogos de poder na escola sempre existiram. Mas hoje estão modificados.Hoje a falta de paciência das pessoas agrava essa situação.
Dentro da escola a formação de bondes e gangues crescem diariamente. E algumas atitudes do professor, ao invés de de serem duras, acabam se tornandoum prêmio, como mandá-los sair da sala de aula.
As famílias por sua vez, defendem cada vez seus filhos, custe o que custar.As atitudes das crianças devem ser modificadas de pequenos. Os pais estão dando muita liberdade para os filhos.As crianças devem conhecer a palavra "não".
Nas escolas o professor não é mais o exemplo, os exemplos para crianças e adolescentes estão do lado de fora.
Os papéis se inverteram, a mídia, a T.V. estão mais voltados para crianças e adolescentes consumistas.O aluno mais desafiador acaba sendo o exemplo para mais uns três alunos, que começam a repetir essas atitudes desafiantes.
Não adianta um professor impor limites aos alunos e outros professores não cobrarem, serem muito permissíveis.
Os meios de comunicação exercem grande influência sobre os nossos alunos, sobre as crianças.
O que leva a atitudes violentas na escola:
A falta de apoio(por parte dos colegas professores);
As questões jurídicas;
O stress dos professores;
O conflito de gerações.
Existe um programa chamado Programa Educar para a Paz que compreende as seguintes etapas:
Conhecimento da realidade
Conscientização e compromisso.
Investigação da realidade escolar.
Esse Programa pode ser consultado na internet, mas não peguei o site.